Capítulo Um

Já não era sem tempo. Era hoje o dia das igrejas presbiterianas independentes tornarem-se quatro!

Onze anos antes, num domingo de fevereiro, dia vinte e quatro, no ano de mil novecentos e cinquenta e sete, a gente começou o trabalho aqui na Vila Santana. Dona Angelina foi quem ofereceu sua casa para a Escola Dominical, onde funcionou durante oito anos, cinco meses e dezoito abençoados dias!

Três anos atrás, começamos nosso sonho e já no primeiro dia do ano de mil novecentos e sessenta e cinco, sob um sol de rachar moleira, lançamos a pedra fundamental do que seria este templo que hoje inauguramos! Os irmãos Noé dos Santos e sua esposa Dona Catarina facilitaram muito a aquisição do terreno, e em agosto deste mesmo ano já tínhamos o templo construído. O reverendo Gerson Moraes foi quem lançou a pedra fundamental, um dia antes do aniversário de Sorocaba.

Hoje, vinte e cinco de fevereiro do ano de mil novecentos e sessenta e oito, finalmente somos organizados em igreja, a Quarta Igreja Presbiteriana Independente de Sorocaba! Ah! Que felicidade sem tamanho é um sonho tomar forma... e um sonho com endereço: Rua Júlio Ribeiro, 713, Sorocaba, São Paulo!

Nesta tarde, a gente ainda elegeu os presbíteros que formariam nosso primeiro conselho: o Eraldo, o Elpídio, o Ângelo e o Alaor. E nossa primeira junta diaconal: a Aparecida, o Roberto, o Ernesto e a Albertina.

Oh! Claro! Como poderíamos esquecer? O nosso primeiro pastor! Mas espere o culto da noite, que a celebração da tarde já está acabando... afinal, já são quatro e meia!

Todo mundo de banho tomado, vestido com a melhor roupa que tinha e às oito da noite em ponto começou nosso primeiro culto, com o coral cantando (regido pelo presbítero Alaor), com a orquestra da Segunda Igreja tocando, foi maravilhoso! "Da Igreja, o Alicerce" foi o primeiro hino cantado aqui!

O sermão foi dado pelo pastor mais idoso da IPI, o reverendo Alfredo Ferreira, que com seus noventa e quatro anos, falou sobre "Cristo, a Pedra Fundamental".

Então, conhecemos nosso primeiro pastor, reverendo Amadeu Grotti, que às dez e vinte da noite, ministrou a bênção e assim terminamos com chave e ouro e um amém bem forte aquele dia inesquecível!

Mas não se enganem, o culto começava a partir dali...